01/06/2013

A Fera




Escondido e camuflado dentro de todo homem existe uma fera. Sim, trata-se de outro ser que embora amortecido ressurge com certa frequência e insiste em praticar atos indesejados, que nos envergonham e nos deixam no pó. Quando finalmente retornam ao seu refúgio, de maneira translúcida floresce a moral que nos explica os erros assim como seus motivos.

Envergonhados pelos atos do outro eu, surgem a tristeza e o desânimo, assim como a dúvida de que talvez isso nunca mude. Na história do cristianismo, Calvino recebeu este rótulo, intitulado de “a fera de Calvino”, embora tenha contribuído de maneira significativa para o protestantismo da época, Calvino impelido pela raiva foi diretamente responsável por vinte e quatro mortes, atribuídas a fatos ligados a predestinação, enfim, coisas da história, sua época e suas crenças.

Essa fera que constantemente aborrece o homem que esta lutando para acertar, melhor explicado no livro de Gálatas capítulo cinco, tem o poder de ferir pessoas, e quando as águas já passaram, assim como um tsunami, algumas coisas jamais poderão ser recolocadas em sua ordem, e isso vai nos matando por dentro.

Destruir é deverasmente bem mais fácil que construir, e o rugido da fera tira a razão e chega a apagar o amor, que em cheque, tenta se levantar como uma árvore presa pelas raízes da esperança.

A Bíblia diz que há esperança para a árvore, mesmo que ainda cortada seus brotos poderão ressurgir... A Deus toda a glória e honra. Amém!

Lutar contra a fera não é tarefa fácil, exige autocontrole, domínio próprio e amor, aos quais infelizmente temos falhado na busca e prática diária, digo como quem esta em primeiro lugar na lista dos errantes. Que Deus nos ajude, para que onde o pecado tem abundado, superabunde a graça de Deus, que é eterno e misericordioso para sempre. Soli Deo Glória!

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A vida é belissima, mas brevissima. Tão breve como as gotas de orvalho que aparecem na calada da noite, cintilam no amanhecer e se dissipam ao calor do sol. Cada um de nós vive um pequeno parentese do tempo. Envolvemo-nos em tantas atividades que não percebemos o misterio que cerca a existencia humana. A velhice e a infância parecem tão distantes mas são tão proximos. Num instante parece eternos, no outro uma página da história. Por ser tão breve a vida, deveriamos vivê-la com a sabedoria para sermos cada vez mais pais, educadores e profissionais inteligentes, jovens mais sábios, amigos mais afetivos. ( A. Cury)